domingo, 1 de dezembro de 2013

DONS ESPIRITUAIS


A palavra CARISMA significa “dom”, manifestação do Espírito. CARIS (grego) quer dizer “graça”.
Os dons são manifestações sobrenaturais concedidas, pelo Espírito com a finalidade de edificação da Igreja. Ler Romanos 12:6-8 e Tiago 1:17.
Existe diferença entre dons espirituais e talentos naturais.
O talento natural é a capacidade que uma pessoa tem de executar algo de modo espontâneo. Pode ser hereditário ou adquirido com estudo, dedicação e persistência.
Os dons espirituais são sobrenaturais na origem e nos resultados. A pessoa que utilizar seus dons naturais no serviço do Senhor, precisa sempre estar atento à direção do Espírito Santo. Os talentos naturais podem se tornar um problema na vida da Igreja, se forem usados sem cuidado e com intenções pessoais: por vaidade, desejo de reconhecimento ou para dirigir a vida dos outros.

COMO RECEBER OS DONS DO ESPÍRITO?
Os dons espirituais são recebidos naturalmente por revelação vinda de Deus. Somente depois de constatados e confirmados é que poderão ser manifestados exteriormente, para a edificação.
Cumprida a recomendação bíblica, muitos problemas decorrentes do mau uso dos dons, seriam evitados.
“Por boca de duas ou três testemunhas
será confirmada toda a palavra”. II Coríntios 13:1b.
“... leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca
de duas ou três testemunhas, toda a palavra
seja confirmada”. Mateus 18:16.
O dom não é para uso particular. A pessoa com um dom, não pode usá-lo como se fosse proprietária dele, porque é recebido pela graça, é dom de Deus.
Os dons podem ser recebidos em qualquer ponto da carreira cristã, independente da condição espiritual da pessoa.

Muitas vezes, um crente mais antigo, fica constrangido diante de uma pessoa recém convertida que começa a manifestar um dom. A Igreja madura saberá conduzir o novato na fé, no caminho do entendimento espiritual, discipulando-o e acompanhando-o, até que ele possa alcançar o equilíbrio na utilização do seu dom.
Os dons devem ser desejados e buscados com perseverança.
“Procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei
um caminho ainda mais excelente”. I Coríntios 12:31.
O amor é indispensável e elemento estabilizador.
O amor não é um dom, mas um fruto do Espírito a ser alcançado por todo aquele que nasceu de novo.
Os dons não devem ser proibidos, mas disciplinados para a edificação da Igreja.
“Segui o amor e procurai com zelo os dons espirituais...”. I Coríntios 14:1.
A Igreja de Corínto estava cheia de problemas, mas possuía dons espirituais. Paulo regulamentou e disciplinou o uso dos dons, para que haja ordem no culto e a Igreja seja abençoada. Ler I Coríntios 1:7-13 e cap. 14.
A fé é um dom, mas também é um fruto do Espírito.
Quando cremos, temos fé em Jesus Cristo como Salvador.
Esta é a fé Salvadora. A manutenção e o crescimento desta primeira fé, nos fará alcançar o fruto que vem do Espírito Santo que habita em nós.
Com o fruto do Espírito, alcançaremos o dom de poder da fé, que é a posse do poder de Deus.
“A oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará...”. Tiago 5:15.
Pedro quando andou sobre as águas, ao encontro de Jesus, olhava para Jesus. Quando olhou ao redor, viu sua fraqueza diante da grandeza do milagre e teve medo.
Enquanto olhamos para Cristo, nossos dons e ministérios produzem frutos agradáveis aos homens e a Deus.
Ao olharmos para o chão, reconhecemos a fragilidade e inutilidade do nosso esforço. Ler Hebreus 12:1-11.
O dom não contribui para o crescimento espiritual, porém, à medida que é exercitado, o crente vai sentindo, cada vez mais, sua responsabilidade perante Deus, e verá que a utilidade do dom, dependerá de uma vida de santidade e dedicação sempre crescentes.

A pessoa não se torna espiritual só porque possui dons.
O aperfeiçoamento do crente pelo “crescimento na graça e no conhecimento” é que darão autenticidade aos dons.
Somente com estas condições é que os dons cumprirão a finalidade para a qual foram doados: a edificação da Igreja e a manifestação da glória e do poder de Deus. Ler Romanos 12:3-8 e Efésios 3:7-11.
Está enganado aquele que pensa que o uso abundante dos dons pode substituir a santidade exigida por Deus.
Qualquer dom usado por alguém que não se preocupa com sua vida espiritual, servirá de pedra de tropeço e não produzirá bênção para si mesmo, nem para a vida da Igreja.
O recebimento e o uso de um dom estão sujeitos à vontade da pessoa, porque o Espírito não usa de coação, respeitando o livre arbítrio de cada um.
No uso dos dons, não há perda de consciência. A mente não é anulada, o Espírito Santo não se “apossa” da pessoa.
O crente tem liberdade de decidir se deseja ou não cooperar com Deus, usando o dom para honra e glória do Seu Nome.
“Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas”.
I Coríntios 14:32. Ler I Coríntios 14:19, 28, 30 e I João 4:1.
O temor a Deus, o amor, o equilíbrio emocional, o domínio próprio, a humildade, a mansidão são frutos indispensáveis ao crescimento espiritual e ao discernimento no uso dos dons naturais e espirituais.
“Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros,
invejando-nos uns aos outros”. Gálatas 5:26. Ler Gálatas 5:22-26.
A manipulação dos dons, por uma pessoa, sem temor a Deus, prejudicará grandemente a Igreja.
O julgamento e o ensino sobre o equilíbrio, no uso dos dons, são importantes para o crescimento da pessoa e da Igreja.
A pessoa sincera e temente a Deus, certamente receberá a exortação com humildade e será aperfeiçoada no uso dos seus dons.
Uma Igreja que permitir a manifestação e o crescimento dos dons naturais ou espirituais, sem a direção do Espírito, afasta-se dos propósitos de Deus.

O Espírito Santo não faz parceria com a carne, porque Deus só se comunica com o homem através do seu espírito, preenchido pelo Espírito Santo.
“Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne.
Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito
contra a carne”. Gálatas 5:16-17a.
Paulo administrava as revelações que recebia, com muita responsabilidade, como verdadeiro cooperador de Deus:
“Porque não ousaria dizer coisa alguma, que Cristo por
mim não tenha feito, para obediência dos gentios,
por palavra e por obras”. Romanos 15:18.
“Que os homens nos considerem como ministros de Cristo,
e despenseiros dos mistérios de Deus”. I Coríntios 4:1.
Ler I Coríntios 3:5-9 e Efésios 3:4-12.
O dom recebido por um servo de Deus, não o autoriza a falar segundo o seu pensamento, muito ao contrário, as reivindicações pessoais e a autoridade humana, são eliminadas, afim de que o Espírito Santo possa assumir a direção de tudo.
Ser cooperador de Deus é tomar consciência de que é um entre muitos participantes do projeto de Deus.
O servo sabe que nada lhe pertence, e que tudo vem de Deus.
“O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, que são vãos.
Portanto ninguém se glorie nos homens; porque tudo
é vosso... E vós de Cristo, e Cristo de Deus”.
I Coríntios 3:20 ,21 e 23. Ler Salmos 24:1-2.


DONS ESPIRITUAIS

EXEMPLOS BÍBLICOS SOBRE O MAU USO DOS DONS:
• Em proveito próprio:
Tentando agradar a Balaque, rei de Moabe, Balaão, profeta gentio, recusa-se a cumprir o mandado de Deus e escolhe seguir as intenções do seu coração:
• Consulta o Senhor, quando já sabia a Sua vontade;
• Mesmo com a negativa de Deus, prefere agradar ao Rei, numa tentativa de mudar o coração de Deus;
• Impedido de amaldiçoar o povo hebreu, Balaão aconselha Balaque, a seduzir o povo com mulheres moabitas e com seus deuses estranhos, conduzindo-os a desobedecerem ao mandamento de Deus;
• Balaão é tipo dos profetas que, até hoje, se vendem por presentes. Ler Números 23:1, 12, 13, 14 e 31:16.
• Compra e venda de dons: Simão tenta comprar, de Pedro e João, o dom de imposição de mãos. Atos 8:17-24.
• Idolatria: Transformar a pessoa com dons de revelação, visão, profecia e outros, num “oráculo”, isto é, alguém com resposta para todas as questões.
É natural que as pessoas portadoras de dons, se evidenciem na Congregação e, por esse motivo, muitos começam a tratá-los como pessoas especiais ou mais espirituais.
Idolatria é a exaltação do dom com desprezo do Doador, e a substituição da Palavra de Deus pela palavra do homem.
Uma pessoa pode criar profecias, ou revelações da sua mente para não decepcionar as pessoas, nem se sentir rejeitada pelos que aguardam uma palavra.
O certo seria falar apenas o que viu e ouviu. Falar ou fazer o que Deus não mandou é usurpar o lugar de Deus, é exercer indevidamente uma função que não lhe pertence.

CORRIGINDO OS ABUSOS:
Esses casos precisam ser corrigidos pela liderança da Igreja, através da direção do Espírito e dos modelos bíblicos:

• Quando algum milagre acontecia por intermédio dos apóstolos, o povo queria adorá-los como deuses. A atitude deles era de repulsa e de apresentação da origem do poder.
“E dizendo isto, com dificuldade impediram que as
multidões lhes sacrificassem”. Atos 14:18.
Ler Atos 3:12; Atos 14:8-18.
• A Igreja precisa interferir quando o profeta fala sem a inspiração de Deus. Aceitando a correção e a disciplina, o dom é aperfeiçoado, até que o profeta tenha condição de julgar a si mesmo, sabendo se a revelação é de Deus ou da sua própria mente.
• Encontramos na Bíblia um profeta, Ageu, que profetizou durante quatro meses, ficando registradas, nas Escrituras, apenas três de suas profecias recebidas em três tempos diferentes no segundo ano do rei Dario.
Suas profecias têm o mesmo valor das proferidas por outros profetas. O profeta é útil para o Reino quando transmite a palavra de Deus, sejam poucas ou muitas.
“No primeiro dia do sexto mês”. Ageu 1:1.
“No dia vinte e um do sétimo mês”. Ageu 2:1.
“No dia vinte e quatro do mês nono”. Ageu 2:10.
É preciso apurar o discernimento para conhecer e aceitar o que vem de Deus e rejeitar o que é da mente ou de demônios.
“Tudo tem o seu tempo determinado... Há tempo de estar
calado, e tempo de falar...”. Eclesiastes 3:1a e7b.
“... muitos de vós não sejam mestres, sabendo
que receberemos mais duro juízo”. Tiago 3:1.

JULGAMENTO DOS DONS:
É preciso colocar os dons à prova. O que a pessoa diz que recebe de Deus, precisa ser comprovado pela Igreja.
Toda pessoa que recebe um dom, deveria submeter-se ao julgamento da Igreja, para que todos sejam abençoados.
Os dons são do Espírito Santo. Pertencem a Deus. Não são propriedade particular. Não são para uso próprio nem para beneficiar alguém, nem para divertimento, mas unicamente para a Glória, a Honra, o Louvor e o Poder de Deus.

• Quando Jesus esteve diante de Herodes para ser julgado, calou-se diante do interrogatório, porque bem conhecia as intenções daquelas autoridades:
“E Herodes, quando viu a Jesus, alegrou-se muito; porque havia
muito que desejava vê-lo, por ter ouvido dele muitas coisas, e
esperava que lhe veria fazer algum sinal; e interrogava-o
com muitas palavras, mas ele nada lhe respondia”.
Lucas 23:8-9. Ler Mateus 27:11-14.
O dom não deve ser usado independente da Igreja, pois está inter-relacionado com os demais dons, ministérios e serviços.
A Igreja não pode permitir que uma pessoa use os dons com irresponsabilidade, pois está capacitada a discernir, pela Palavra, se a pessoa está usando sua própria mente ou sendo instrumento de Satanás.
O limite entre a “alma e o espírito” só pode ser conhecido pela Palavra de Deus. Hebreus 4:12.
Sem o devido julgamento, a utilização dos dons, é perigosa e produz mal ao invés de bem.

A ORIGEM DOS DONS:
Só existem três fontes de origem dos dons:
• O Espírito: verdadeiros, de acordo com a Palavra;
• A mente: dons naturais usados como se fossem espirituais; fabricação de dons por ilusão mental, a pessoa acredita que suas visões ou revelações são do Espírito.
Se o crente usar sua própria mente para “fabricar” seus dons, o Espírito se afasta, e a pessoa fica a mercê de Satanás;
• O diabo: falsificação, imitação e manifestação dos dons, tanto para mal, quanto para bem, sempre na tentativa de apresentar-se como Deus.
“... e os seus profetas predizem mentira dizendo: Assim diz o Senhor Jeová;
sem que o Senhor tivesse falado”. Ezequiel 22:28b.
Ler Jeremias 23:28-32; Ezequiel 13:3 e 6.
O uso abusivo e indisciplinado dos dons, por muitos que se auto-nomeiam profetas, é que causam temor e incredulidade na maioria das Igrejas. Sem condição de corrigir os exageros, e com zelo excessivo, proíbem o uso dos dons e ficam privadas das bênçãos que Deus tem para derramar.

A usurpação dos dons espirituais ou a utilização dos dons naturais e da mente sem a participação do Espírito, será julgada por Deus e não mais pela Igreja, conforme a descrição que Jesus mesmo faz:
“Por seus frutos os conhecereis”. Mateus 7:16a.
“Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo”. Mateus 7:19.
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no Reino dos céus...”. Mateus 7:21a.
Este é um duro julgamento! A pessoa que não aceita a disciplina na terra, preferindo fazer a sua própria vontade, terá sua recompensa segundo suas obras.
“A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será
descoberta, e o fogo provará qual seja a obra de cada um”. I Coríntios 3:13.
Uma Igreja madura terá discernimento para doutrinar biblicamente seus membros e receberá todas as bênçãos decorrentes da utilização correta dos dons.
A compreensão da finalidade e do real valor dos dons; a posição correta de cada ministério; a perfeita identificação entre os dons e os frutos e o discernimento para julgar com equilíbrio, fortalecerá a Igreja que cumprirá sua verdadeira missão de Comunidade Terapêutica, assim como é o funcionamento dos membros e órgãos internos do corpo humano ou as engrenagens de uma máquina.
“Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis
no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual
resplandeceis como astros no mundo; retendo a
palavra da vida...”. Filipenses 2:15-16a.
Tal Igreja é Vencedora.
E então, o mundo conhecerá
que verdadeiramente,
JESUS É DEUS.

DONS ESPIRITUAIS E FRUTO DO ESPÍRITO:   DIFERENÇA E INTEGRAÇÃO

Os dons são para serem utilizados na terra e perecerão. Os frutos são para a eternidade.
Os dons são recebidos de Deus. Os frutos se manifestam a partir do interior do homem pela operação do Espírito Santo.
“... havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas,
cessarão; havendo ciência, desaparecerá”. I Coríntios 13:8-13.
“Ora a esperança que se vê não é esperança; porque o que
alguém vê como o esperará?”. Romanos 8:24.
O dom da fé, não será mais necessário quando a esperança da Igreja for alcançada. Só o amor, que é um fruto do Espírito, permanecerá, porque já faz parte da natureza espiritual que está sendo formada em nós. I Coríntios 13:3.
O fruto é o resultado de um processo gradual.
É um trabalho do Espírito, com a participação do crente. Sempre que há liberdade, o Espírito opera, promovendo a implantação do caráter de Cristo, substituindo as obras da carne pelo “fruto do Espírito”. Gálatas 5:19-23.
O fruto começa a manifestar-se de dentro para fora.
É um trabalho de parceria de Deus com o homem.
O Espírito Santo começa a mostrar os desvios em nosso caráter, mente e emoções. As correções e curas acontecerão na medida de uma resposta positiva do crente.
O propósito de Deus, é que cada um alcance a semelhança d’Ele, conforme foi Sua intenção na Criação.
Aquele que valoriza o fruto do Espírito e deseja alcançar a maturidade, ocupará o lugar em que deve estar sentindo-se em paz e feliz, por menor que seja o seu trabalho.
“As linhas caem-me em lugares deliciosos;
sim, coube-me uma formosa herança”. Salmos 16:6.
Exemplo:
Num jardim de infância, em dia de festa, era apresentado um quadro pintado pelas crianças. Um garoto, o mais entusiasta, entre todos, mostrava aos visitantes a pintura da qual ele havia participado. Ao lhe perguntarem, qual a parte do quadro lhe pertencia, respondeu satisfeito: “Eu lavei os pincéis”.
A posição de cada pessoa no Corpo de Cristo, é desempenhada através dos dons, dos ministérios e das operações, porque:
“Ora há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de Ministérios,
mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de Operações, mas é o mesmo
Deus que opera tudo em todos”. I Coríntios 12:4-6.
A Trindade está presente nas atividades da Igreja, ensinando, dirigindo, exortando e julgando.
Uma pessoa pode ser piedosa, manifestar frutos de crescimento espiritual e, no entanto, não apresentar nenhum dom que a destaque dos demais.
Outra pessoa pode apresentar muitos dons, ser ousada na manifestação deles, ocupar posições de liderança e, contudo, estacionar em sua caminhada espiritual, enfraquecer na fé e, até apartar-se do Caminho.
O dom, não possui valor próprio.
Não produz salvação, nem crescimento espiritual.
A maturidade espiritual, pessoal e corporativa, vai sendo alcançada à medida que cada um sinta a necessidade de buscar os frutos do Espírito em sua vida.
O homem natural traz as raízes de Adão, por isso não pode compreender assuntos espirituais.
O Novo Nascimento capacita a pessoa, a receber a imagem do segundo homem, que desceu do céu, o Senhor Jesus Cristo, e receber uma nova herança, uma nova raiz:
“Assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos
também a imagem do celestial”. I Coríntios 15:49.
Ler I Coríntios 15:39-50.
Os dons não podem substituir “o fruto”. A operação conjunta entre o fruto e o dom, dará condições à pessoa de alcançar equilíbrio e apurar o discernimento.
Quando os dons são utilizados sem amor, para nada servem.
São como
“... o metal que soa ou como o sino que tine”. I Coríntios 13:1b.
O amor, fruto do Espírito, é um dos atributos de Deus, posto ao alcance dos seus filhos.
“... o amor de Deus está derramado em nossos corações
pelo Espírito Santo que nos foi dado”. Romanos 5:5b.
Os capítulos 12, 13, e 14 de I Coríntios referem-se aos dons:
• Capítulo 12: Classificação dos dons.
• Capítulo 13: O dom mais excelente.
• Capítulo 14: Finalidade e disciplina no uso dos dons.


Esses três capítulos formam um conjunto onde se pode perceber uma perfeita harmonia entre a doutrina e a prática da vida cristã e a integração entre os dons e o fruto do Espírito.
O poema que descreve o verdadeiro amor, no capítulo 13, está intercalado entre a teoria e a prática dos dons.

A INTERDEPENDÊNCIA DOS DONS:
É comum encontrarmos pessoas que operam com mais de um dom. Isso se deve ao fato de que os dons são interligados e dependem uns dos outros.
• Uma pessoa pode ter uma palavra de sabedoria, e ao mesmo tempo discernir um espírito de enfermidade em alguém, e ainda expulsar o demônio causador daquele mal. Operaram juntos os dons de: Sabedoria, Discernimento, Expulsão e em conseqüência, a Cura.
• Uma interpretação de línguas, pode ser intercalada com uma profecia. Operaram juntos o dom de línguas a interpretação e a profecia.
• A fé pode ser utilizada na expulsão de demônios, mas também, para a manifestação do poder de Deus na cura e na operação de milagres. Operaram juntos o dom da fé, a expulsão de demônios, a cura e a operação de maravilhas.

DIFERENÇA ENTRE DOM E MINISTÉRIO:
O dom tem alcance limitado; o ministério é aceito, respeitado e dele é que depende a unidade e toda a vida da Igreja.
“Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre
muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor”. Mateus 25:23.
Um dom pode ser transformado em ministério, e isto refere-se a uma função conferida aos portadores de dons.
Depois do cumprimento de um tempo, no uso do dom, com seriedade e respeito, havendo a testificação da liderança, o dom passa a ser exercido como um ministério.
Existe uma diferença entre “ministério no uso dos dons” e o Ministério na direção de uma Igreja.
Uma Igreja não pode ser dirigida por dons.
Os ministérios citados por Paulo, em suas cartas, significam uma investidura para a direção da Igreja:
Uma liderança separada por Deus e aprovada pelos homens.
“E Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas,
e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,
querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra
do ministério, para a edificação do corpo
de Cristo”. Efésios 4:11-12. Geremias

Nenhum comentário:

Postar um comentário

É muito importante que você faça o seu comentário!